sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Entrevista com Roald Amúndsen




1- O elevado Costa e Silva (minhocão - de baixo para cima)  2- a evolução do logotipo "Globo" 3- O elevado de cima próximo da sede da TV Globo SP

BLOG: Porque o blog leva este nome? Roald - escolhi o nome para este blog - TV Globo "Anos Dourados", porque representa uma fase ímpar na história da TV Globo em São Paulo. Sem menosprezar a história atual da Globo em sua nova sede no bairro do Brooklin, a fase Praça Mal. Deodoro se tornou inesquecível para quem viveu e trabalhou nas 3 décadas em que a emissora esteve por lá.

BLOG: Três décadas? Por que este período de tempo? Roald - Porque foram 30 anos que a emissora ficou alí. Anos de intensa atividade política, social, o Brasil estava mudando, havia uma efervescência na sociedade brasileira e São Paulo refletia tudo isto. Nessas décadas acontecimentos importantes da história estavam ocorrendo. Após o incêndio do prédio da Rua das Palmeiras, 322 - no bairro de Santa Cecília - a TV Globo mudou-se em 1970 para a Praça Mal. Deodoro. Nas décadas de 1970, 80 e 90 foram anos dos GOVERNOS MILITARES, das GREVES do ABC, da morte do jornalista WLADIMIR HERZOG e do operário MANOEL FIEL FILHO, PRISÃO DE LULA NO DOPS., o MOVIMENTO PELA ANISTIA, as DIRETAS JÁ, COLLOR...SARNEY.... PLANO CRUZADO... CRIAÇÃO DO REAL.

BLOG: Você foi funcionário da TV Globo na Praça Mal. Deodoro? 
Roald - Sim, fui funcionário oito anos e testemunhei parte da história. BLOG: Como está a Praça Marechal hoje (2019), após a mudança da TV Globo? Roald - Hoje a região está muito degradada, há muitos cortiços, sujeira nas ruas, pontos de prostituição e de venda de drogas. Na época da TV Globo a região já era deteriorada por causa do Elevado (Minhocão), mas a presença da Globo valorizava a região, a movimentação de todos que trabalhavam alí, dava vida ao lugar, hoje está bem pior.

BLOG: O que você espera atingir com este blog? 
Roald - Espero resgatar através de fotos, textos e pelas amizades, a história da TV Globo na Praça Marechal Deodoro, pois poucas pessoas conhecem o que se passou por lá, quem eram os profissionais, qual a tecnologia usada, equipamentos e programas produzidos. O Brasil é um País de desmemoriados e acho importante resgatar parte desta história da televisão paulista e brasileira.
BLOG: Os prédios da Praça Marechal eram alugados pela Globo, você acha que eles poderiam ser reaproveitados?
Roald - Sim, eram alugados, na minha opinião eu acho que pelos trinta anos de história (de 70 a 1998) e pelo grande número de profissionais que passaram por ali, os dois prédios não deveriam ser entregues a própria sorte. A direção da Globo, através da Fundação Roberto Marinho poderia comprar os imóveis e utilizar aqueles dois prédios históricos para criar um Centro de Memória ou talvez um Museu da Televisão e também para finalidades educacionais. O Dr. Roberto Marinho sempre valorizou a preservação da história, haja visto que no Rio vários locais deteriorados e abandonados foram recuperados pela ação da Fundação. É um sonho que tenho!


BLOG: Como você vê a Tv Globo em sua nova sede no bairro do Brooklin? 
Roald - Vejo a nova sede como uma prova que a empresa cresceu, se modernizou ainda mais. A nova sede reflete sem dúvida os tempos de modernidade que a emissora vive, em tecnologia, equipamentos e estrutura.

Roald Amúndsen, jornalista da imagem, radialista, operador de câmera e iluminador criou este blog em novembro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

QUEM FOI LUIZ LOPES CORREA

Saudades...
Seu último trabalho foi na Rádio Capital, em São Paulo, onde atuava como locutor noticiarista. Logo depois faleceu aos 70 anos.
Trabalhou na Rádio Cultura AM de Santos, Rádio Nacional e foi também o "Repórter Esso" na Rádio Record.
Trabalhou Na TV Globo de São Paulo entre 1969 e 1981, apresentou "O Globo em 2 Minutos" e na Rádio Globo o noticiário "O Globo no Ar". Foi o último correspondente estrangeiro a entrevistar o líder negro Martin Luther King, nos Estados Unidos.
Para os mais jovens, Luiz Lopes Corrêa ficou conhecido ao trabalhar no extinto telejornal "Aqui Agora", do SBT. Era ele quem lia as manchetes na abertura do programa. Também era o responsável pela narração das matérias internacionais deste telejornal (Luiz tinha um inglês impecável). E pra finalizar, ele ainda mandava expressões em inglês no meio de suas falas. Como exemplo, para chamar uma matéria, ele soltava o famoso "Heeeeeere Now".
o texto a seguir é de 1997, da sua sobrinha-neta, Mariana Corrêa. Ela informou ter ele falecido em 16/10/1999)
Luiz Lopes Corrêa, moço correto e competente, manteve-se na Organização Victor Costa até a sua encampação pela Rede Globo de Rádio e Televisão.
O Luiz Lopes Corrêa, com sua indefectível gravatinha borboleta, foi um grande radialista e apresentador, atuando ao longo desses anos todos, com o mesmo entusiasmo e um raro brilho com que sempre engrandeceu os prefixos aos quais emprestou o seu valioso concurso!
(nota do autor) - Conhecí e tive oportunidade de trabalhar ao lado do Luiz Lopes na Tv Globo, na década de 70. (Rabbit)
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/
http://www.bastidoresdoradio.com/

domingo, 25 de outubro de 2009

LEMBRANÇAS DA BERNADETE HOLVERI

Bernadete

"O QUE EU ME LEMBRO DA TV GLOBO NA PRAÇA MARECHAL DEODORO"

A produtora Bernadete Holveri que trabalhou na Tv Globo a partir de 1976, traz à recordação nomes de pessoas e lugares importantes da Globo. Obrigado Bernadete pela colaboração !!

Eis seu relato de 29/04/2005


"Eu estou aqui juntando pedaços de memória para te ajudar.
Eu só acho que esse jantar poderia também abranger outros setores.
Eu trabalhei na Praça Marechal Deodoro a partir de 1976.
Na época, muitas coisas funcionavam na
Praça Marechal Deodoro"

Cenografia
Figurino
Produção Programa Silvio Santos

Produção do Programa Moacir TV - Direção: Antonino Seabra , assistentes de produção eram o José Dantas e o Manaus.
Produção do Programa 8 ou 800 (Walter George Durst, Tulio de Lemos, Jayme Camargo (ainda vivo) eram os redatores do programa. Esse programa lançou Clodovil e ainda teve a participação da Eudóxia de Barros. A Produção era do Renato Correa e Castro. Eu era assistente de produção junto com o Jesse James, (ex-cinegrafista da extinta TV Tupi e em 1999 diretor de jornalismo da Rede Record)
Programa Praça da Alegria – Direção do Mario Lucio Vaz (acredita?). O Carlos Alberto Nóbrega era quem ficava no banco. A gravação era no Rio. Eu fui assistente de produção enquanto o diretor era o Carlos Alberto Lofler.
Departamento de Divulgação e Redação do jornal impresso dos funcionários, o “Aldeão” – Eduardo Della Coleta.
Também funcionava a geração do programa “Você Decide”.

Na Av. Angélica,160 funcionavam várias repartições:
Sr. Harold Bruce Evelyn
Carlito Maia
Zé Lemes
Osvaldo Tomazetti
Departamento Pessoal
Recursos Humanos

Na Av. Angélica, logo no início da Avenida em uma casa branca, (não me lembro o número) funcionava:
Departamento Médico (Dr. Wilson Maluf e Dr. Clímaco)
Assistência Social - Dora
e mais tarde, nesse endereço ficavam:
Renatão (Renato Correia e Castro, que era assessor do Boni), secretariado pelo Paulinho
Produção “Você Decide” – praças (Lucimara Parisi)e programas (Gerente de Produção: Alexandre Hanszmann – hoje ele mora em Curitiba e é produtor de cinema)
Produção “Retrato de Mulher” (com Regina Duarte – direção de Del Rangel) – eu era coordenadora e a Gerência de produção era do Alexandre Hanszmann
Produção “Caminhão do Faustão” – Lucimara Parisi

Na Alameda Gabriel Monteiro da Silva (antiga sede da produtora GW Comunicação - do Woile Guimarães e Gonzalez) funcionavam:
Produção “Fantástico” (antes era na Pça Marechal Deodoro)- Eu me lembro do Paulinho Dalla Porta (hoje TV Verdes Mares, Fortaleza, CE) e do Fulvio Abramo Junior (não sei mais dele)
Produção “Globo Repórter” – Lembro-me da Leonice Freitas, ex-mulher do Celso Freitas, que era produtora, e finalmente o Globo Rural."

Bernadete Sobreiro Holveri

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sábado, 24 de outubro de 2009

QUEM FOI JUAREZ SOARES


Juarez e os cabelos brancos da experiência


foto da época - década de 1970

Jornalista do meio esportivo Juarez Soares é formado em pedagogia, mas nunca exerceu a profissão. É conhecido pelo apelido de - CHINA - O jornalismo entrou em sua vida em 1958, quando passou a trabalhar na rádio Cultura de Lorena (SP), tornando-se profissional três anos depois. Em agosto de 1961, ele fez um teste nas Emissoras Associadas e foi contratado como repórter esportivo. Até sua estréia na TV, em 1974, Juarez Soares trabalhou para as rádios Tupi, Gazeta e Globo. Foi repórter esportivo da Tv Globo de São Paulo, e em 1981 passou a atuar como comentarista juntamente com Osmar Santos o programa Balancê, na Radio Excelsior FM, que unia humor e esporte. Após a Copa do Mundo de 1982, deixou a Globo. É casado com a jornalista Helena de Grammont da Tv Globo de São Paulo. NOSSA HOMENAGEM MAIS QUE JUSTA AO GRANDE CHINA !! (Roald)





QUEM FOI JOÃO LEITE NETO


João Leite Neto no programa Cidade Alerta - 1997


Início de 1970. Contratado por Paulo Mário Mansur (Diretor de Jornalismo SP.) como repórter especial.

LEIA ESTA HISTÓRIA, DESCRITA POR ELE MESMO: - Do Rio de Janeiro, o Boni determinou ao Paulo que preparasse uma matéria especial para a primeira edição do JN. Na época só entravam Rio e São Paulo. O Paulo me chamou e disse: “Mano, é a sua chance…Precisamos de uma matéria porreta”!!! Saí a campo “babando”… Os jornais não falavam em outra coisa senão das manifestações estudantis e do aparecimento de uma agente do DOPS que se infiltrou e se tornou “namorada” de, ninguém menos, do que o nosso Zé Dirceu, então líder estudantil… Fui direto para a Maria Antonia… Consegui levantar o “esconderijo” do Zé. A tal moça, que nas horas vagas era manequim -aliás linda- foi escondida pelo DOPS, na época dirigido pelo Delegado Celso Teles. A grande matéria seria localizar a tal moça… Com ajuda de amigos e “amigos”, consegui uma pista.

Liguei para o Paulo e disse: “Esqueça de mim por uns três dias. Quero dois cinegrafistas (dos bons), um motorista e um carro sem identificação”… A noite, lá estavam Edgar Cavalheiro e Clovis Boniolo, com duas câmeras “AURICON” e uma “muda” B.H. Partimos a noite mesmo…

Ao amanhecer estávamos chegando a cidade de Casa Branca, interior de São Paulo. Mais um dia de vários contatos e, finalmente, às margens de uma pequena estrada de terra, fui colocado diante da exuberante figura de Heloisa Helena Magalhães, que se tornou famosa com o codinome de “Maçã Dourada”.

Usei de toda a minha “lábia” até conseguir a entrevista. Fui além, fiz um verdadeiro “documentário”, mostrando a “Maçã” andando de charrete, na piscina do clube, de biquíni e, no final, manuseando um revólver… Uma parte era filmada pelo Edgard com o consentimento dela, e outra parte, pelo Clóvis com a “muda” escondida, sem que ela soubesse… Terminado o trabalho, sem dormir, voltamos imediatamente para São Paulo. A imprensa do Brasil inteiro procurava pela “Maçã Dourada”, e nós tínhamos todo aquele material.

Lembro-me bem da cara do Paulo Mário quando chegamos. Pegou o telefone e ligou direto para o Boni: “Temos um material “duca”! Temos aqui a “Maçã Dourada”. O Boni disse: “Revele o material que amanhã estarei em São Paulo”. No dia seguinte o Boni viu o material e sentenciou: “Não vamos esperar o “JN” porra nenhuma!!! Vamos colocar no ar ainda hoje. E assim foi. Com um texto primoroso do Lívio Carneiro Junior e, por ordem do Boni, abriu-se um espaço de 13 minutos, no horário nobre, e tudo foi mostrado quase na íntegra.


NOSSA HOMENAGEM À ESTE GRANDE REPÓRTER QUE COM CERTEZA PARTICIPOU DE GRANDES MATÉRIAS NA TV GLOBO DE SÃO PAULO, UM ABRAÇO JOÃO LEITE - TIVE A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR COM ELE NA RECORD! (RABBIT)



Luis Manse, repórter cinematográfico


LUIS MANSE foi "repórter cinematográfico" da Tv Globo de São Paulo. Um grande profissional e amigo de trabalho. Quando tive os primeiros contatos profissionais com Manse (eu fui auxiliar de cinegrafista dele - 1975), me lembro que ele estava sempre vestido com uniforme azul da Globo que a gente usava na época. (o Manse tinha sido promovido a pouco tempo). Saiu da Tv Globo na função de chefe dos jornalistas da imagem! Nossa homenagem à esse grande profissional da imagem jornalística! 
Para tristeza dos amigos (as) Luis Manse faleceu em 06/09/2019.







QUEM FOI WOILE GUIMARÃES


WOILE é jornalista e foi na Tv Globo na Praça Mal. Deodoro um dos executivos da Central Globo de Jornalismo. 1975 - Foi nessa época que teve os seus primeiros contatos com a TV Globo. Ao fazer matérias no Rio, acabou conhecendo Armando Nogueira e Alice Maria. Os dois, que então ocupavam respectivamente os cargos de diretor geral e diretora executiva da Central Globo de Jornalismo, convidaram Woile Guimarães para trabalhar na emissora em São Paulo. Começou como chefe de reportagem, mas, dois anos depois, passou a chefe de redação e editor regional. Nesse período, acompanhou a chegada do jornalismo eletrônico, o processo de profissionalização da empresa e a expansão jornalismo em São Paulo, com a criação do Bom Dia São Paulo.

Nesse cargo, era diretamente responsável pelo Bom Dia Brasil, pelo Jornal Hoje, pelo Jornal Nacional e pelo Jornal da Globo, tendo participação também no Fantástico, no Globo Repórter e no Globo Rural, criado nessa época.

Woile Guimarães foi um dos responsáveis pela criação da “Caixa de conferências”, reunião diária com todos os editores do Jornal Nacional e os representantes das cinco emissoras da Rede Globo (São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Em cada região, havia um aparelho em formato de caixa, com microfones e um alto-falante, através dos quais os jornalistas se comunicavam, fazendo uma avaliação da edição do telejornal que fora ao ar e planejando a do dia seguinte.

Em 1990, depois de sair da TV Globo, Woile Guimarães começou a trabalhar com Sérgio Mota Mello na TV Um. Ficou um ano e saiu para fundar, junto com os jornalistas Luiz Gonzáles, Wianey Pinheiro e Gilney Rampazzo, a sua própria empresa, a GW Comunicação, hoje uma das maiores produtoras de televisão do país.


Quando trabalhei na Tv Globo o Woile era o meu chefe (ele assumiu no lugar de Paulo Mario Mansur), um grande profissional (Rabbit)


QUEM FOI LUIZ EDUARDO BORGERTH




Capa do livro de Borgerth

Figura conhecida da radiodifusão brasileira, foi diretor da Globo e consultor das redes Bandeirantes e SBT. Também ocupou a vice-presidência da Abert e a presidência da Associação Internacional de Radiodifusão. Borgerth é autor de "Quem e Como Fizemos a TV Globo", livro em que narra a fase de construção da maior rede de TV do país.
Borgerth faleceu na manhã de quinta-feira, 21/06/07, em São Paulo, aos 74 anos, de complicações decorrentes de uma cirurgia cardíaca.

"Borgerth foi diretor na Tv Globo de São Paulo na década de 70 e sua sala ficava em um prédio da Av. Angélica onde também funcionava o RH da emissora." (Rabbit)


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

GALERIA DE NOMES...

Nomes dos profissionais que fizeram parte da CENTRAL GLOBO DE JORNALISMO e de outros departamentos:

EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA DA TV GLOBO SP.

Assim como a logomarca da REDE GLOBO evoluiu ao longo dos anos, sua trajetória como rede de televisão também. A sede paulista da Globo passou do Elevado Costa e Silva (Minhocão), na Praça Mal. Deodoro para a Ponte Estaiada no bairro do Brooklin. Este blog quer ter o trabalho de resgatar e reconstruir a memória da TV Globo em São Paulo nas décadas de 70, 80, 90. São 30 anos de história guardada na memória dos profissionais que por lá passaram (Rabbit)

Comentário do repórter Rodrigo Viana

Em sua carta de demissão o repórter Rodrigo Viana faz uma declaração de amor à TV Globo da Marechal.

"Quando entrei na TV, em 95, lá na antiga sede da praça Marechal, havia a Toninha - nossa mendiga de estimação, debaixo do viaduto. Os berros que ela dava em frente à entrada da TV traziam uma dimensão humana ao ambiente, lembravam-nos da fragilidade de todos nós, de como nossa razão pode ser frágil. Havia o João Paulada - o faz-tudo da Redação. Havia a moça do cafezinho (feito no coador, e entregue em garrafas térmicas), a tia dos doces...Era um ambiente mais caseiro, menos pomposo. Hoje, na hora de dizer tchau, sinto saudade de tudo aquilo. Havia bares sujos, pessoas simples circulando em volta de todos nós - nas ruas, no Metrô, na padaria.Todos, do apresentador ao contínuo, tinham que entrar a pé na Redação. Estacionamentos eram externos (não havia "vallet park", nem catraca eletrônica). A caminhada pelas calçadas do centro da cidade obrigava-nos a um salutar contato com a desigualdade brasileira.Hoje, quando olho pra nossa Redação aqui na Berrini, tenho a impressão que estou numa agência de publicidade. Ambiente asséptico, higienizado. Confortável, é verdade. Mas triste, quase desumano. "


Repórter Rodrigo Viana

Seja Bem Vindo


Apresentadora do programa TV Mulher em 1980
Marília Gabriela, um campeão de audiência!

Somos Saudosistas? Não!
O objetivo deste blog é o de relembrar fatos, fotos, nomes de pessoas e histórias da TV Globo nas décadas de 60, 70, 80 e final da década de 90, na sua antiga sede da Praça Marechal Deodoro em São Paulo ! Um blog de pesquisa que traz ao conhecimento de todos, parte da história da TV em São Paulo.

TV MULHER
Em 1979, Marília Gabriela trocou a reportagem e a apresentação de telejornais da Globo pelo comando do feminino TV Mulher, que marcou época e a levou até para a capa do jornal The New York Times. A jornalista Marília Gabriela relembra histórias importantes e engraçadas do programa TV Mulher, ela diz:
“Não sou uma mulher de lembranças”, adverte Marília Gabriela ao ser perguntada sobre a época do TV Mulher. Mas bastam alguns minutos de conversa para que ela revele boas histórias sobre o programa feminino que comandou na Globo de 1980 a 1984. Uma delas era a presença constante de seus filhos, Christiano e Theodoro, nos bastidores da atração. “Pode-se dizer que eles usaram realmente a tevê como babá eletrônica. Eu os levava todos os dias comigo ao estúdio”, diz Gabi, ciente de que isso influenciou os rapazes a seguir a carreira artística – Christiano virou apresentador e Theodoro, ator. Outra lembrança da jornalista remete ao dia em que a bancada do programa caiu ao vivo, levando ao chão seu companheiro de apresentação, Ney Gonçalves Dias. “Isso é inesquecível. Meu filho está rindo aqui do lado só de me ouvir contar. Essa cena chegou a ser pirateada e dublada com outro áudio”, conta. “Os bastidores do programa eram muito divertidos.” Diversão à parte, o TV Mulher fez história na tevê brasileira ao dedicar 3 horas e meia à questão feminina, com temas que iam da culinária ao “Comportamento Sexual”, nome do quadro comandado por Marta Suplicy na atração. “A Marta e eu até saímos na capa do The New York Times. Nós ilustrávamos uma matéria sobre o programa, que não tinha similar em nenhum lugar do mundo”, lembra Gabi, que atualmente está no ar vivendo outra experiência inédita: interpretar a personagem Guilhermina, em Senhora do Destino. “É muito bom brincar de ser outras pessoas e, nesse processo, descobrir a si mesmo.” A abordagem do público, segundo ela, mudou pouco. “Antes as pessoas gritavam ‘Gabi!’ e agora gritam ‘Guilhermina!’”, diz. (por Diógenes Campanha)

"A MARÍLIA GABRIELA foi repórter do programa Fantástico juntamente com os repórteres João Leite Neto e Hércules Bresheguelo (também pilôto de avião)."