sábado, 24 de outubro de 2009

QUEM FOI JOÃO LEITE NETO


João Leite Neto no programa Cidade Alerta - 1997


Início de 1970. Contratado por Paulo Mário Mansur (Diretor de Jornalismo SP.) como repórter especial.

LEIA ESTA HISTÓRIA, DESCRITA POR ELE MESMO: - Do Rio de Janeiro, o Boni determinou ao Paulo que preparasse uma matéria especial para a primeira edição do JN. Na época só entravam Rio e São Paulo. O Paulo me chamou e disse: “Mano, é a sua chance…Precisamos de uma matéria porreta”!!! Saí a campo “babando”… Os jornais não falavam em outra coisa senão das manifestações estudantis e do aparecimento de uma agente do DOPS que se infiltrou e se tornou “namorada” de, ninguém menos, do que o nosso Zé Dirceu, então líder estudantil… Fui direto para a Maria Antonia… Consegui levantar o “esconderijo” do Zé. A tal moça, que nas horas vagas era manequim -aliás linda- foi escondida pelo DOPS, na época dirigido pelo Delegado Celso Teles. A grande matéria seria localizar a tal moça… Com ajuda de amigos e “amigos”, consegui uma pista.

Liguei para o Paulo e disse: “Esqueça de mim por uns três dias. Quero dois cinegrafistas (dos bons), um motorista e um carro sem identificação”… A noite, lá estavam Edgar Cavalheiro e Clovis Boniolo, com duas câmeras “AURICON” e uma “muda” B.H. Partimos a noite mesmo…

Ao amanhecer estávamos chegando a cidade de Casa Branca, interior de São Paulo. Mais um dia de vários contatos e, finalmente, às margens de uma pequena estrada de terra, fui colocado diante da exuberante figura de Heloisa Helena Magalhães, que se tornou famosa com o codinome de “Maçã Dourada”.

Usei de toda a minha “lábia” até conseguir a entrevista. Fui além, fiz um verdadeiro “documentário”, mostrando a “Maçã” andando de charrete, na piscina do clube, de biquíni e, no final, manuseando um revólver… Uma parte era filmada pelo Edgard com o consentimento dela, e outra parte, pelo Clóvis com a “muda” escondida, sem que ela soubesse… Terminado o trabalho, sem dormir, voltamos imediatamente para São Paulo. A imprensa do Brasil inteiro procurava pela “Maçã Dourada”, e nós tínhamos todo aquele material.

Lembro-me bem da cara do Paulo Mário quando chegamos. Pegou o telefone e ligou direto para o Boni: “Temos um material “duca”! Temos aqui a “Maçã Dourada”. O Boni disse: “Revele o material que amanhã estarei em São Paulo”. No dia seguinte o Boni viu o material e sentenciou: “Não vamos esperar o “JN” porra nenhuma!!! Vamos colocar no ar ainda hoje. E assim foi. Com um texto primoroso do Lívio Carneiro Junior e, por ordem do Boni, abriu-se um espaço de 13 minutos, no horário nobre, e tudo foi mostrado quase na íntegra.


NOSSA HOMENAGEM À ESTE GRANDE REPÓRTER QUE COM CERTEZA PARTICIPOU DE GRANDES MATÉRIAS NA TV GLOBO DE SÃO PAULO, UM ABRAÇO JOÃO LEITE - TIVE A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR COM ELE NA RECORD! (RABBIT)



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